Banalização da Prática Mediúnica
- Pai Daniel

- 6 de mar. de 2023
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As atividades dos médiuns dentro de um terreiro de Umbanda requerem uma profunda preparação espiritual e um compromisso genuíno com a caridade. Infelizmente, a banalização dessa prática tem se tornado cada vez mais comum nos terreiros de Umbanda, onde médiuns negligentes e pouco comprometidos têm se apresentado para realizar trabalhos sem a devida preparação.
Um dos problemas mais graves é a falta de responsabilidade desses médiuns, que praticam a caridade apenas quando lhes convém. Em muitos casos, eles agem com desdém, ignorando a importância do trabalho mediúnico e não se comprometendo com as suas obrigações dentro do terreiro. Vale lembrar que ser médium de Umbanda é um compromisso com a espiritualidade, não apenas com o terreiro. É um compromisso com o amor ao próximo.
Outro erro comum é a falta de estudo e capacitação espiritual. O médium deve estar sempre aprendendo e se aprimorando, pois somente assim poderá ajudar aqueles que procuram por ajuda espiritual. Infelizmente, muitos médiuns se contentam com o conhecimento superficial, sem buscar aprofundar sua compreensão sobre os processos mediúnicos e a espiritualidade em geral.
Além disso, muitos médiuns falham em compreender a importância da responsabilidade na prática mediúnica. A atividade mediúnica requer uma grande responsabilidade, tanto para com as entidades que trabalham com o médium quanto para com as pessoas que procuram ajuda no terreiro. Não é suficiente apenas levantar as mãos e se deixar ser incorporado por uma entidade, ou auxiliar em um atendimento de forma desconexa, aplicando passes sem saber o que se está fazendo, é preciso ter consciência das suas responsabilidades como canal de comunicação entre os planos espiritual e físico.
A banalização da prática mediúnica é um problema que tem afetado muitos terreiros de Umbanda. É necessário que os médiuns compreendam a importância da preparação espiritual, do estudo contínuo e da responsabilidade na prática mediúnica. Somente assim poderemos preservar a essência e a integridade da Umbanda como uma religião comprometida com a caridade e a elevação espiritual.
Outro aspecto preocupante da banalização da prática mediúnica é a falta de comprometimento dos médiuns, que muitas vezes faltam aos trabalhos por motivos banais e pouco relevantes. Em alguns casos, o médium pode deixar de comparecer a um trabalho por motivos tão triviais que ferem o compromisso com o Amor e a Justiça. Pessoas sofrendo deixam de ser atendidos porque médiuns faltam por motivos bobos.
Esses médiuns esquecem que a caridade deve ser sempre a prioridade em suas vidas, e que a ajuda espiritual que eles oferecem é fundamental para muitas pessoas que buscam alívio para seus problemas. Ao faltar sem um motivo justo, esses médiuns estão deixando de cumprir com sua responsabilidade como instrumentos da espiritualidade e prejudicando a si mesmos e aos que dependem deles.
É importante que os médiuns entendam que a prática mediúnica é uma tarefa árdua e que exige muita dedicação e disciplina. Não basta apenas estar por estar lá e fazer um trabalho superficial. É preciso se comprometer com a caridade e com a busca contínua pelo aprimoramento espiritual.
Assim, é fundamental que os médiuns levem a sério a sua prática mediúnica, cumprindo com suas obrigações com seriedade e responsabilidade. Dessa forma, poderão contribuir positivamente para a elevação espiritual dos que buscam ajuda no terreiro e ajudar a preservar a integridade e a essência da Umbanda como uma religião comprometida com a caridade e a ajuda ao próximo.
Axé,
Pai Daniel




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