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O erro de abandonar a Umbanda após a cura


É comum ouvir relatos de médiuns que chegam à Umbanda em momentos de profunda necessidade: problemas financeiros, desavenças familiares, doenças ou o peso de traumas emocionais. Buscam na espiritualidade um refúgio, um caminho de cura e renovação. E, de fato, a Umbanda, com sua sabedoria, sua energia de acolhimento e o trabalho dos Guias Espirituais e Orixás, tem a capacidade de transformar vidas.


Muitos encontram no terreiro – chão sagrado – a força para recomeçar. A espiritualidade limpa, organiza, orienta e fortalece. As portas que antes pareciam trancadas começam a se abrir, e as feridas emocionais começam a cicatrizar. Contudo, um dos maiores erros que pode ser cometido por um médium umbandista é acreditar que, após essa transformação, a relação com a Umbanda tornou-se dispensável.

Quando abandonamos aquilo que nos curou, estamos negando o respeito e a gratidão ao processo que nos reconstruiu. Estamos abandonando a missão de levar ao próximo o bem que recebemos. Imagine alguém que, após um longo tratamento médico, decide ignorar os cuidados recomendados pelo médico porque já está "curado". O resultado muitas vezes é o retorno do problema, e, em alguns casos, de forma ainda mais intensa.


Na espiritualidade, funciona de maneira semelhante. A Umbanda não é apenas uma ferramenta temporária; ela é um caminho de vida, um pacto com a evolução espiritual, com o aprendizado e com o equilíbrio contínuo. Quando o médium se afasta dos preceitos, das giras e do contato com os guias, ele abre espaço para que os desequilíbrios retornem. Não porque a espiritualidade castigue – isso não existe –, mas porque ele se desconecta de uma fonte de força, proteção e aprendizado que lhe dava sustentação. E mais, ele deixa a sua missão de lado: ajudar através da caridade.


Por que isso acontece? O caminho mediúnico exige comprometimento. Ser médium umbandista não é carregar um título, mas viver uma missão que ensina disciplina, humildade e gratidão. Quando o médium se afasta, pode se tornar mais vulnerável às energias negativas, às tentações e ao orgulho que o faz esquecer de onde veio e o que o ajudou.


Como evitar esse erro? A resposta está na constância. Mesmo quando a vida parecer estar em ordem, é fundamental que o médium mantenha seu vínculo com a espiritualidade. Continue frequentando o terreiro, realizando preceitos, participando das giras e fortalecendo sua relação com os guias. E faça isso não apenas pare você e sim ao próximo - entender que médium nasce com a missão de fazer a caridade. A mediunidade não é um recurso de emergência, mas uma parceria diária e um chamado a ser vivido com seriedade.


Lembre-se: o médium que esquece o que o curou pode acabar se perdendo novamente. A Umbanda não cobra sua presença, mas estará sempre de braços abertos para aqueles que reconhecem seu valor e retornam ao caminho com humildade. Honre aquilo que te reconstruiu, e você continuará a crescer, a evoluir e a ser protegido em sua jornada.


E finalizo com uma reflexão: A maneira como você se dedica à sua mediunidade, à caridade e ao terreiro que o acolheu, cumprindo seus deveres com amor e comprometimento, reflete quem você realmente é. Essa entrega é, muitas vezes, a chave para superar suas aflições e adversidades, pois demonstra sua conexão com o propósito e com a espiritualidade que lhe guia.


Axé!

Pai Daniel


Lancei um novo curso: Ponto Riscado. Vem comigo!


 
 
 

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